“Se alguém não aprendeu a arte
de se relacionar com outras pessoas, ele está condenado à mediocridade, não
importando quais sejam seus outros dons.” (Gordon Lindsay)
Falar em "Relacionamentos Interpessoais" tem muito a ver com Missões, principalmente quando se trata de uma equipe de missionários em viagem de curto prazo.
Muitas vezes a dificuldade não será apenas o conhecido "choque cultural", mas o próprio relacionamento entre os missionários. Sabe por quê? Pense que um grupo reúne pessoas com diferentes histórias de vida, educação, personalidade, "gênios", opiniões, ideias, maturidade cristã, motivações diversas.
Não é tarefa fácil mobilizar um grupo e liderar diferenças, não é simples reunir pensamentos distintos a fim de que um objetivo seja alcançado.
Pasme! Por incrível que pareça, em viagem missionária, pode existir disputa de egos, do tipo: "Eu falo mais idiomas do que você!", "Eu sou a pessoa certa para estar na liderança!"... Isso acontece com alguma frequência. Pode parecer algo "bobo", mas é preciso tocar no assunto.
Se desde o início da preparação de uma viagem missionária em grupo não houver uma sólida definição do objetivo da viagem e, tão importante quanto, se não houver uma conversa com cada componente da equipe para perceber e sentir a real motivação da pessoa para realizar a viagem missionária, a "bomba pode explodir" no local de destino, comprometendo o bom andamento das atividades propostas em missão. Um considerável estrago pode causar um grupo que não está coeso, unido, bem espiritualmente.
Durante a organização da viagem, treinamentos devem ocorrer. Esse é o tempo para que a equipe se conheça. É tempo de orar juntos, meditar na Palavra. É tempo de comunhão, rir, sorrir. Na fase preparatória, deve-se promover a união e a unidade. Cada um precisa olhar para o seu interior e perguntar: "Por que estou aqui?", "Por que farei essa viagem?", "Qual deve ser a minha postura?". Se a resposta for "Estou aqui porque amo Jesus e quero levar o Seu Nome e Seu Amor entre as nações. Para isso, vou dar o meu melhor, entendendo que meus dons e talentos são para servir ao Senhor e aos outros, e não para competir com o meu irmão."... Sim! Se essa for a consciência, se essa for a resposta do missionário, da missionária, estamos em um ótimo caminho.
“Portanto, não sejam
insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor.” (Efésios
5:17)
A vida não se trata de uma competição. Nossos talentos não servem para exibicionismo, mas tão somente para serviço no Reino de Deus.
Um grande passo é esvaziar-nos de nós mesmos e considerar o próximo superior a nós. A motivação do coração importa mais do que a performance.
Quando estivermos bem em nossa fé, certos da nossa identidade em Jesus, portanto, bem com nós mesmos, estaremos habilitados para estabelecer um relacionamento saudável com quem está a nossa volta. Missões não é lugar de aventuras irresponsáveis, mas de serviço. O campo missionário agradece...
“Mas o fruto do Espírito é
amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e
domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.” (Gálatas 5:22-23)
