Hoje eu resolvi escrever sobre a murmuração, mas relacionada especificamente à forma como as pessoas se dirigem aos dias da semana como se na verdade só existisse a sexta-feira e como elas, nas redes sociais, têm implorado para o mês de agosto acabar logo.
Quantas não são as pessoas que gostariam de viver esta segunda-feira ou cada valioso dia do mês de agosto, mas não podem? Eu me lembrei do caso daquela mulher que foi assassinada no Rio Grande do Sul na semana passada. Isso aconteceu na frente da filha enquanto esperava seu filho na escola. Os ladrões levaram o celular dela e deram fim à vida dela e, pelo menos por enquanto, à de seus familiares também.
No mundo todo, em meio às crises dos mais variados tipos, em meio às guerras, quantas não são as pessoas que gostariam de viver em paz cada segunda, terça, quarta-feira e por aí vai? Quantos não gostariam de estar com suas famílias, mas... partiram!?
Tratar a segunda-feira como um peso, como um castigo, um fardo e esperar logo pela "chegada da sexta-feira" é uma coisa lamentável. Isso é como receber um presente e jogá-lo no lixo na frente de quem o presenteou.
Pedir para que o mês de agosto acabe logo porque está parecendo que tem 50.000 dias é como ter a possibilidade de beber uma água de côco à beira-mar, mas preferir ingerir vômito.
Tudo isso é perder a chance de enxergar a beleza do Criador e da criação: segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, estações, anos... São ciclos que nos dão a chance e o privilégio da renovação. Existe um propósito! Existe uma ordem! Há um sol que desperta e se põe todos os dias por você em todos os dias da semana.
Segunda-feira? Vai trabalhar? Agradeça a Deus por isso, pois muitos estão desempregados e passando dificuldade.
Que nós possamos agradecer pela segunda-feira, por todos os dias da semana! Vamos deixar que o tempo corra a seu modo, sem a nossa ajuda insatisfeita e egoísta.
Seja grato por tudo o que de bom cerca a sua vida nessa... segunda-feira, mês de agosto. Quem pode nos garantir o amanhã?
Segunda-feira, agosto de 2016. Não haverá outro assim...
Grande abraço.