FRASE DA SEMANA

FRASE DA SEMANA

sábado, 31 de agosto de 2013

John Wesley: 1703 - 1791




O que vamos transcrever, escrito pela mãe de John, mostra como ela era fiel em "ordenar a seus filhos e a sua casa depois" dela (Gn 18:19): "Para formar a mente da criança, a primeira coisa é vencer-lhe a vontade. A obra de instruir o intelecto leva tempo e deve ser gradual, conforme a capacidade da criança. Mas o subjugar-lhe a vontade deve ser feito de uma vez, e quanto mais cedo tanto melhor ... Depois, pode-se governar a criança pela razão e piedade dos pais, até chegar o tempo de a criança poder também exercer o raciocínio".

Suzana Wesley acreditava que "aquele que poupa a vara, aborrece a seu filho" (Pv 13:24), e não consentia que seus filhos chorassem em voz alta. Assim, apesar de a casa estar repleta de crianças, nunca havia tempos tristonhos nem balbúrdia no lar do pastor. Um filho jamais ganhou coisa alguma chorando na casa de Suzana Wesley.

Nunca se omitia o culto doméstico da programação do dia no lar de Samuel Wesley. Fosse qual fosse a ocupação dos membros da família, ou dos criados, todos se reuniam para adorar a Deus.

Enquanto estudava em Oxford, juntava-se a um pequeno grupo de estudantes para orar, estudar as Escrituras diariamente, jejuar às quartas e sextas-feiras, visitar os doentes e encarcerados e confortar os criminosos na hora da execução. Todas as manhãs e todas as noites, cada um passava uma hora orando sozinho em oculto. Durante as orações, paravam de vez em quando para observar se clamavam com o devido fervor. Sempre oravam ao entrar e ao sair dos cultos na igreja.

As primeiras três horas do dia eram dedicadas à oração e ao estudo das Escrituras.

A influência dos seus sermões foi tal que, depois de dez dias, uma sala de baile ficou quase inteiramente abandonada, enquanto a igreja se enchia de pessoas que oravam e eram salvas.

Fracassara na sua primeira tentativa de pregar o Evangelho na América porque, apesar de seu zelo e bondade de caráter, o cristianismo que possuía era uma coisa que recebera por instrução. Mas a segunda etapa de seu ministério destacou-se por um êxito fenomenal. E porque o fogo de Deus ardia na sua alma, chegara a ter contato direto com Deus através de uma experiência pessoal.

John Wesley pregou cerca de setecentas e oitenta vezes por ano, durante cinquenta e quatro anos.

Embora enfrentasse a apatia espiritual quase geral dos crentes, a par de uma onda de devassidão e crimes no país inteiro, multidões de 5 mil a 20 mil afluíam para ouvir seus sermões.

Como todos os que invadem o território de satanás, os irmãos Charles e John Wesley tinham de sofrer terríveis perseguições.

Diversas vezes John Wesley foi apedrejado e arrastado como morto, na rua. Certa vez foi espancado na boca, no rosto e na cabeça até ficar coberto de sangue.

Os descrentes não gostavam dele porque "levou o povo a se levantar para cantar hinos às cinco da madrugada."

Nas suas viagens, andava tanto a cavalo como a pé, ora em dias ensolarados, ora sob chuvas, ora em temporais de neve.

Não nos devemos esquecer da fonte desse vigor que John Wesley manifestava. Passava duas horas diariamente em oração, e muitas vezes mais. Certo crente que o conhecia intimamente assim escreveu acerca dele: "Considerava a oração a coisa mais importante da sua vida, e eu o tenho visto sair do quarto com uma serenidade de alma visível no rosto até quase brilhar".

Pouco antes da sua morte, escreveu: "Hoje passamos o dia em jejum e oração para que Deus alargasse a sua obra. Só encerramos depois de uma noite de vigília, na qual o coração de muitos irmãos foi grandemente confortado".

John Wesley nasceu e criou-se em um lar onde não havia abundância de pão. Com a venda dos livros de sua autoria, ganhou uma fortuna, com a qual contribuía para a causa de Cristo. Ao falecer, deixou no mundo "duas colheres, uma chaleira de prata, um casaco velho" e dezenas de milhares de almas, salvas em épocas de grande decadência espiritual.

(trecho extraído literalmente do livro "Heróis da fé". Orlando Boyer. Ed: CPAD. 48ª impressão/Janeiro 2013. pgs. 47 a 59)

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Jonathan Edwards (1703 - 1758)





Jonathan Edwards , entre os homens, era o vulto maior nesse avivamento, intitulado, na ocasião, "Grande Despertamento". Sua vida é um exemplo destacado de consagração ao Senhor para o desenvolvimento maior do intelecto e, sem qualquer interesse próprio, de deixar o Espírito Santo usar o mesmo intelecto como instrumento nas suas mãos.

Amava a Deus, não somente de coração e alma, mas também de todo o entendimento. "Sua mente prodigiosa apoderava-se das verdades mais profundas". Contudo, "sua alma era, de fato, um santuário do Espírito Santo". Sob aparente calma exterior, ardia nele o fogo divino, como um vulcão.

As orações, à volta da lareira, os estimularam a se esforçarem, e seus esforços redobrados os motivaram a orar mais fervorosamente ... O ensino religioso e permanente resultou em Jonathas conhecer intimamente a Deus, quando ainda era criança".

Quando Jonathan tinha 7 ou 8 anos, houve um despertamento na igreja de seu pai, e o menino acostumou-se a orar sozinho, cinco vezes, todos os dias, e a chamar outros da sua idade para orarem com ele.

Citamos aqui as suas palavras sobre esse assunto:

A primeira experiência de que me lembro, de sentir no íntimo a delícia de Deus e das coisas divinas, foi ao ler as palavras de 1 Timóteo 1:7: "ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível; ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém". Sentia a presença de Deus até arder o coração e abrasar a alma de tal maneira, que não sei descrevê-la ... Gostava de passar o tempo olhando para a alua e, de dia, contemplar as nuvens e os céus. Passava muito tempo observando a glória de Deus, revelada na natureza e cantando as minhas contemplações do Criador e Redentor ... Antes me sentia demasiado assombrado ao ver os relâmpagos e ouvir o troar do trovão. Porém, mais tarde, eu me regozijava ao ouvir a majestosa e terrível voz de Deus na trovoada.

Sempre estudava com esmero, mas também conseguia tempo para meditar na Bíblia, diariamente.

Jonathan Edwards costumava passar treze horas, todos os dias, estudando e orando.

O evento que marcou o começo do "Grande Despertamento" foi uma série de sermões feitos por Edwards sobre a doutrina da justificação pela fé, que fez os ouvintes sentirem a verdade das Escrituras.

O famoso sermão de Edwards - "Pecadores nas mãos de um Deus irado" - merece mênção especial.

Tais vitórias contra o império das trevas foram ganhas de joelhos. Edwards não abandonara nem deixara de gozar os privilégios das orações, costume que vinha desde a meninice. Continuou a frequentar, também, os lugares solitários da floresta, onde podia ter comunhão com Deus. Como exemplo, citamos a sua experiência com a idade de 34 anos, quando entrou na floresta a cavalo. Lá, prostrado em terra, foi-lhe concedido ter uma visão tão preciosa da graça, amor e humilhação de Cristo como Mediador, que passou uma hora vencido por uma torrente de lágrimas e pranto.

A vida de Jonathan Edwards  é uma das muitas provas de que Deus não quer que desprezemos as faculdades intelectuais que Ele nos concede, mas que as desenvolvamos sob a direção do Espírito Santo, e que as entreguemos desinteressadamente para Seu uso.


(trechos extraídos literalmente do livro "Heróis da fé". Orlando Boyer. Ed. CPAD. 48ª impressão/Janeiro 2013. pgs. 39 a 45)


Song: How great is our God!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

John Bunyan (1628-1688)





Quando, certa vez, um dos ouvintes lhe disse que pregara um bom sermão, ele respondeu: "Não precisa me dizer isso, o diabo já cochichou a mesma coisa no meu ouvido antes de sair da tribuna."

Passou mais de doze anos encarcerado. Quando lhes ofereciam a sua liberdade sob a condição de ele não pregar mais, respondia: "Se eu sair hoje da prisão, pregarei amanhã, com o auxílio de Deus."

A única explicação do seu êxito é que ele era um homem em constante comunhão com Deus. Apesar de seu corpo estar preso no cárcere, a sua alma estava liberta.

O que vamos citar mostra como Bunyan lutava com Deus em oração: "Há, na oração, o ato de desvelar a própria pessoa, de abrir o coração perante Deus, de derramar afetuosamente a alma em pedidos, suspiros e gemidos. 'Senhor', disse Davi, 'diante de ti está todo o meu desejo e o meu gemido não te é oculto' (Sl 38:9). E outra vez: 'A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus? Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma!' (Sl 42:2-4). Note: 'Derramo a minha alma!' é um termo demonstrativo de que em oração sai a própria vida e toda a força para Deus".

Em outra ocasião escreveu: "As melhores orações consistem, às vezes, mais em gemidos do que em palavras, e estas palavras não são mais que a mera representação do coração, vida e espírito de tais orações".

Sem contestação, o grande fenômeno da vida de John Bunyan consistia no seu conhecimento íntimo das Escrituras, as quais amava; e na perseverança em oração ao Deus que adorava.


(trecho extraído literalmente do livro "Heróis da fé". Orlando Boyer. 48ª impressão/Janeiro 2013. pgs 31 a 38)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Savonarola (o precursor da Grande Reforma) : 1452 - 1498




Quando ainda menino, tinha o costume de orar e, ao crescer, o seu ardor em orar e jejuar aumentou. Passava horas seguidas em oração.

Passava muito tempo sozinho, nos campos e à beira do rio Pó, em contemplação perante Deus, ora cantando, ora chorando, conforme os sentimentos que lhe ardia no peito. Quando ainda jovem, Deus começou a falar-lhe em visões. A oração era a sua grande consolação; os degraus do altar, onde se prostrava horas a fio, ficavam repetidamente molhados de suas lágrimas.

Apesar de ter ao seu dispor uma excelente biblioteca, Savonarola utilizava-se mais e mais da Bíblia como seu livro de instrução.

O ardor de Savonarola na oração aumentava dia após dia e sua fé crescia na mesma proporção. Frequentemente, ao orar, caía em êxtase. Certa vez, enquanto sentado no púlpito, sobreveio-lhe uma visão durante a qual ficou imóvel por cinco horas. Nesse período todos os presentes na igreja contemplaram o rosto do pregador brilhando.

Em toda parte onde Savonarola ministrava, seus sermões contra o pecado produziam profundo terror.

O pregador foi ameaçado, excomungado e, por fim, no ano de 1498, por ordem do papa, foi queimado em praça pública. Com as palavras "O Senhor sofreu tanto por mim!", terminou a vida terrestre um dos maiores e mais dedicados mártires de todos os tempos.

Conhecia uma grande parte da Bíblia de cor e podia abrir o livro instantaneamente e achar qualquer texto. Passava noites inteiras em oração e recebia revelações quando em êxtase ou por meio de visões.


(trechos extraídos literalmente da obra de Orlando Boyer. Herois da fé. CPAD. 48ª impressão/Janeiro 2013. pgs. 7 a 11)

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Heróis da fé





Olá, estimados leitores.

Como vocês estão? Na paz de Jesus Cristo, que excede todo o entendimento, sempre estamos bem, não é mesmo?

Bem, hoje eu começo aqui no blog a "Série Heróis da Fé", inspirada no livro de Orlando Boyer, "Heróis da fé", o qual traz a biografia de vinte homens extraordinários que incendiaram o mundo com o fogo do Espírito Santo de Deus.

A cada dia um desses grandes "heróis" terá a sua vida descortinada aqui, servindo de inspiração para uma vida de oração e busca intensa por Deus. Quanto a mim, o meu coração tem sido aquecido ao ler cada página desse livro, pois o próprio Jesus disse:

"Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai." 
(João 14:12)

Sim! É desejo do próprio Jesus que façamos obras ainda maiores. Não é questão de se basear em um mortal como são os "heróis da fé", mas saber que os mortais podem e devem ser usados pelo Imortal e Eterno de maneira poderosa. Aleluia!

Então, confira aqui, durante 20 dias consecutivos, trechos de suas biografias que saltaram aos meus olhos durante a leitura, ou que fizeram o meu coração bater mais forte.

Vem comigo nessa trajetória de muita entrega a Cristo. Os resultados? Só lendo o blog para saber....

Deus os abençoe!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Quando o outro e quando eu






"Quando o outro leva muito tempo, ele é lento.
Quando levo muito tempo, sou perfeito.
Quando o outro não faz, é preguiçoso.
Quando não faço, estou ocupado.
Quando o outro faz alguma coisa que ninguém pediu, passou dos limites.
Quando faço o que ninguém pediu, tenho iniciativa.
Quando o outro negligencia uma regra de etiqueta, é rude.
Quando esqueço essas regras, sou original.
Quando o outro agrada ao chefe, é um puxa-saco.
Quando agrado ao chefe, estou cooperando.
Quando o outro progride, é oportunista.
Quando eu progrido, é recompensa pelo meu trabalho."

(Tom Hopkins)

sábado, 17 de agosto de 2013

Pessoas



"As pessoas não se importam com quanto você sabe
Até saber quanto você se importa com as pessoas."
(Maxwell, John. "A arte de influenciar pessoas - sozinho não se chega a lugar algum")

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Um pouco da África para vocês...

Fonte: Arquivo pessoal



Olá, pessoal.

Hoje eu quero compartilhar com vocês o que foi mais marcante para mim na África com relação ao povo africano.

Mas eu quero que falar em África é muito delicado. É um continente com mais de 50 países e não podemos generalizar. Porém, é automático.. dificilmente eu falaria que gostaria de escrever o que eu vi no Burundi... é África mesmo.

Mas, sim, especificamente, estive na República Democrática do Congo (onde a equipe e eu trabalhamos de uma forma planejada há meses), no Burundi (de passagem na ida e na volta) e na África do Sul, onde no último dia tivemos a oportunidade de fazer um safari no Pilanesberg National Park. 

Vi realidades diferentes. A RDCongo é imensa! Se não me engano está entre os 10 maiores países do mundo. O Burundi é minúsculo, se não me engano não tem o território do Rio de Janeiro. Quanto à África do Sul... dispensa comentários... é o Estados Unidos na África.

Vi um povo colorido nas vestes. Olhar curioso, frágil, mas receptivo e festivo. Um desejo intenso em servir ao próximo era claro no dia-a-dia. Você sabe de uma coisa? Eles lavavam as nossas mãos a cada refeição. Havia uma bacia com água no chão. Um colocava sabonete líquido e o outro vinha com uma caneca para molhar as nossas mãos. Um tapa na cara do individualismo ocidental e capitalista, onde todos se devoram pelo bem ... próprio!

Pés descalços. A roupa rasgada. Um belo sorriso no rosto. E com dentes muito brancos! Em alguns casos confundíamos meninos com meninas. Eles raspam a cabeça até das garotas.

"Jambo" era a primeira palavra do dia: "Bom dia!". E ela logo vinha acompanhada de "Abari" (Tudo bem?) e a resposta "Muzuri!" (Tudo bem/legal/ok!). Bem, acho que é assim que escreve e assim que podemos traduzir.... caso contrário falei errado aquele tempo todo.

Terra onde o refrigerante é mais barato que a água e onde o abacaxi e a banana são deliciosos. Terra onde se come uma vez por dia, às vezes uma vez por semana. Terra da "papa", uma bola branca praticamente sem gosto que é muito apreciado pelo povo. Com molho vermelho ficava interessante.

África de árvores imensas, raízes gigantes e bilhões de folhas que as fazem ser bem redondas.

O sol? Uma imensa bola de fogo vermelha cujo contorno a gente pode ver muito bem, principalmente quando ele nasce.

E a gente volta percebendo que vivemos muito bem e não sabemos......

Um pouco da África para vocês...



segunda-feira, 12 de agosto de 2013

De John Wesley



"Por muito tempo meu espírito aprisionado permaneceu nos grilhões das trevas e do pecado. Até que de Teu olhar veio o raio vivificador, e despertei, meu calabouço em pleno fulgor. Os grilhões se romperam, meu espírito foi liberto. Levantei-me e passei a seguir-Te de perto." 

John Wesley

sábado, 10 de agosto de 2013

Cá com meus botões em missões!



Olá.

Há poucos dias participei de uma viagem missionária ao continente africano e, quando voltei, surgiram as perguntas dos amigos, muito natural, por sinal: "E aí, como foi a viagem?"

O engraçado é que ao mesmo tempo que acho que a resposta é fácil, eu a considero muito difícil. Vou tentar explicar o porquê e é justamente essa consideração que eu creio ser válida para os leitores que, assim como eu, amam Jesus e o chamado transcultural por amor ao Seu nome.

Bem, por mais que eu tenha ido em nome de um Ministério e sob treinamento e bênção de meus líderes, antes de tudo eu fui em nome de Jesus e como João Marcelo, pessoa, indivíduo com limitações, forças, fraquezas, sentimentos, indagações, certezas, potencial, pensamentos, hábitos etc.

Particularmente, eu tenho o hábito de ter meus momentos a sós com Deus e com meus pensamentos. Eu realmente "viajo". Eu realmente abro e fecho uma caixa do cérebro por vez. Não consigo fazer muitas coisas ao mesmo tempo... Eu gosto é de aproveitar esses momentos só Deus e eu, eu comigo mesmo, "cá com meus botões".

Isso colaborou para que, automaticamente, o meu comportamento no campo missionário transcultural fosse confrontado com o meu no Brasil. Eu sempre comparava meu comportamento lá com o que eu tinha no Brasil. É automático. 

Considerando a realidade africana.... tudo isso tornou-se acentuado. Eu vi que algumas atitudes minhas no Brasil eram egoístas e que estava muito bem no meu país sem saber.... com certeza tem pessoas em pior, muito pior situação que a gente.

Você é a mesma pessoa no campo missionário transcultural ou no seu país de origem, porém, você fica muito mais sensível a essa auto-análise em situações de pressão, de responsabilidade, de desconforto. A sua fraqueza aflora. Você se conhece melhor. Você se percebe melhor.

Se você não é de agir, mas de ficar filosofando sobre a criação, sobre a existência humana, assim como eu, o campo missionário torna-se um pouco mais delicado, ainda mais quando você está com um grupo, com pessoas diferentes umas das outras. Temos que pedir ajuda do Espírito Santo para que o foco permaneça, e que seja o de servir constantemente uns aos outros em benefício de um bem comum, de um resultado satisfatório para o Reino daquEle que nos chamou e enviou.

Mas uma coisa é certa: seja você mesmo! Deus vai usar o gordo, o magro, o invejoso, o fofoqueiro, o ciumento, o alto, o baixo, o inconveniente, o traidor, o infantil, o maduro, o generoso. Se alguém e alguma coisa tiver que mudar, esse será um processo entre a pessoa e Deus, o único capaz de operar tudo em todos, tanto o querer quanto o efetuar. Mas, claro... quem permanece em um comportamento inadequado não vai muito longe. Palavras-chave para o pecado: confessar, arrepender, abandonar.

Espero que tenha sido útil a você, amigo leitor.

Deus abençoe.

sábado, 3 de agosto de 2013

Viagem missionária: impressões!



Olá, caros leitores.

Há quanto tempo não nos falamos, hein? Já estava com muita saudade de escrever aqui no DEUS DIÁRIO (EM MISSÕES!). Este lugar é praticamente a minha casa. Do mesmo jeito que acontece quando eu estou no meu quarto, só Deus e eu, assim também é aqui... eu posso escrever, sentir-me bem, tranquilo, "desabafado"... É bom estar aqui novamente!

Voltei de uma viagem missionária à África há poucos dias. Que experiência maravilhosa! Sempre escrevendo sobre Missões talvez apenas com uma determinação em atender ao chamado do Senhor, mas sem conhecer a fundo a realidade do que é estar no campo missionário, creio que essa viagem à RDCongo e ao Burundi colaborou para ganhar uma certa experiência, ainda mais se contar todos os "sustos" que o grupo passou... Mas, claro, o Senhor nos guardou de todo o mal, dando-nos livramentos sem fim.

Ali pude ensinar algumas coisas, mas, certamente, aprendi muito mais. Em nenhum momento escondi minhas fraquezas. Reconheço que em alguns momentos desconfortáveis eu acabei murmurando, sobretudo nos dias iniciais. Creio que o primeiro passo para você ser transformado é reconhecer que você não é nada e que precisa da ajuda de Deus. Por esse motivo não me atrevi a ficar falando que meus companheiros de viagem deveriam ser desse ou daquele jeito. Isso poderia soar como "eu sou perfeito e você é sempre o errado". Creio que todos deram o seu melhor e tiveram a melhor das intenções em tudo aquilo que fizeram. Campo missionário não é um lugar adequado para ficar "podando" ninguém. Isso pode fazer com que o coração da pessoa se feche para próximos desafios. 

Foi um desafio e tanto fazer uma viagem desse porte com um grupo de onze pessoas, jovens e mais velhos. Você que está se preparando para uma viagem missionária e/ou sente que um dia isso vai acontecer, simplesmente abra o seu coração para Deus, guarde-o do mal, brinque na hora certa, ouça mais, fale apenas o que edifica, reconheça que os talentos devem ser somados em prol de um objetivo comum, alegre-se com a habilidade que Deus deu ao seu irmão e ... seja feliz, entregue-se ao poder e à graça de Deus! Por você mesmo nada será feito com solidez. Isso serve para qualquer pessoa e qualquer trabalho missionário. Em todos os aspectos, falar em Missões é falar em ser humano.

O saldo, claro, foi positivo! Rimos muito. Trabalhamos bastante, seja com crianças, com jovens, com mulheres, com líderes cristãos locais, professores, diretores de escolas, até com as autoridades locais pudemos trocar expectativas... Como sonhamos com o mover sobrenatural do Senhor naquele lugar!

Que o avivamento seja uma realidade 24 horas na República Democrática do Congo! Potencial há! Vontade de Deus... mais ainda! Como muito foi compartilhado lá, a oração traz a nós a realidade espiritual que está no coração de Deus! Assim, convido você a orarem pela RDCongo, pelo Burundi e também pela África do Sul.

Por falar no país sul-africano, ore para que uma África do Sul sem Nelson Mandela não seja motivo para uma nova guerra civil, de negros contra brancos, como tem sido muito comentado lá. Perdão! Diálogo! Unidade! Jesus é o Senhor da África do Sul! Ore!

Bem, em linhas gerais foi isso! Uma semente foi plantada. Estou atento ao crescimento e frutificação daquilo que foi deixado lá.

A mim, a nós, cabe apenas dizer "sim". Se o vento soprar.... ali eu quero estar.

Deus abençoe.